O Método Aprender Pesquisando (MAP) foi criado por Carlos Roberto Fernandes e desenvolvido primeiramente em uma IES, no ano de 2003: os resultados da aplicação do MAP foram apresentados no VII Simpósio Nacional de Diagnósticos de Enfermagem, realizado de 29 de maio a 1 de junho de 2004, em Belo Horizonte – Minas Gerais.
O MAP constitui um método de ensino-aprendizagem e de avaliação, pensado para desenvolver aprendizagem significativa com responsabilidade sanitária.
O MAP tem como eixo central a elaboração de Pré-Projetos de Pesquisa individuais, dentro de cada uma das áreas epistêmicas oferecidas por determinado curso de graduação, desde o primeiro período ou primeiro ano até a elaboração de Projeto de Pesquisa que culminará no Trabalho de Conclusão do Curso (TCC).
Abolindo o sistema tradicional de provas e aulas chamadas teóricas, o ensino, a aprendizagem e a avaliação por pré-projetos insere-se na ideologia do (re)aprender a apre(e)nder: (re)aprender o modo de se aprender, (re)aprender a pensar, (re)aprender a organizar e reorganizar o pensamento, (re)aprender a expressar o pensamento, (re)apre(e)nder a realidade histórico-social-humana aonde se vive e se aprende, possibilitando prioritariamente o conhecimento e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) na rede de serviços de saúde local.
Para a consecução do aprender a aprender, o aluno deverá ter como laboratório a comunidade onde vive e a rede de serviços de saúde pública loca, nas quais emergirão os objetos ou focos de estudo para a elaboração dos Pré-Projetos que, ratifico, devem promover o conhecimento e o fortalecimento do SUS.
O suporte teórico afasta-se dos supostos e pressupostos da pedagogia da transmissão ou, conforme a expressão de Paulo Freire, da “educação bancária”: grupos de discussão nos grupos operativos existentes nos Serviços Públicos de Saúde locais, leituras permanentes de livros e de artigos, prioritariamente dos pesquisadores de enfermagem, assistência e discussão de filmes, reuniões com os Coordenadores de Programas Ministeriais serão os instrumentos para a geração de idéias e contextualização teórica dos objetos ou focos de estudo. Todas estas atividades são preferencialmente desenvolvidas nos Serviços Públicos de Saúde locais, integradas às ações do(s) Enfermeiro(s) responsável(is) pelos mesmos.
Carlos Fernandes
Enviado por Carlos Fernandes em 21/02/2009