Dr. Carlos Fernandes
Membro da Associação Brasileira de Enfermagem Forense - ABEFORENSE
Textos
Introdução:
Por muito tempo a Enfermagem limitou-se à concepção aristotélica dos cinco sentidos e ainda à abordagem da semiologia médica: os estudos sobre corpo na Enfermagem, iniciados nos anos de 1990, vêm promovendo não apenas uma revisão dos cinco sentidos do corpo e desligando-se da semiologia médica mas abrindo-se à pesquisa e à demonstração dos sentidos da intuição e da pele (além do tato). Esse desligamento, abertura e novas concepções de corpo exigem uma nova semiologia e uma nova semiotécnica de Enfermagem.
Partindo-se do conceito de Semiótica do Cuidado, o professor Carlos Roberto Fernandes instituiu para o desenvolvimento do microeixo Semiologia e Semiotécnica a realização de pré-projetos de pesquisa, escritos e apresentados por discentes do 5º. período de Enfermagem de uma IES, no segundo semestre do ano de 2008, pelos quais houve uma primeira revisão dos sentidos humanos para uma nova abordagem do corpo e cuja formalização institucional se deu no 1º. Seminário Multidisciplinar de Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem, promovido pelo Centro Universitário Norte do Espírito Santo da Universidade Federal do Espírito Santo, realizado de 1 a 5 de dezembro de 2008. Os alunos LEONARDO COSTA BARBOSA e LUCIANA BOZI FERREIRA, sob orientação docente, desenvolveram pesquisa intitulada A Interação entre magnetocepção, intuição e memóri no corpo bioenergético.
Método: Aprender Pesquisando ou MAP, criado pelo docente orientador e responsável pelo projeto; Técnica: pesquisa bibliográfica.
Resultados: Consideram-se sentidos interoceptores aqueles decorrentes das terminações nervosas localizadas nos órgãos viscerais; aos órgãos interoceptores são atribuídas as sensações mais ou menos vagas de origem interna. Numa nova abordagem do corpo para a Semiótica do Cuidado, as investigações sobre magnetocepção, intuição e memória reconhecem o pouco desenvolvimento do sentido da magnetocepção em humanos, apesar dos saberes e das práticas holísticas em torno do corpo bioenergético e seus chacras ou centros de força e dos fatos mediúnicos – particularmente das religiões Umbanda, Canbomblé e Espiritismo; o sentido da intuição, como sensopercepção não consciente ou não simbolizada pela consciência, é um desenvolvimento milenar da capacidade de ver e prever além dos limites convencionais de tempo e de espaço e está objetivada nos lobos frontais do cérebro humano; o sentido da memória, numa abordagem histórica e não estritamente psicológica, além de ter um componente supostamente voltado para a reprodução e o passado, é o sentido de produção de significados e de intencionalidades integradoras de experiências vividas (passadas e presentes) tanto na filo quanto na ontogenética, objetivadas no sistema nervoso e no córtex motor.
Conclusão: O desenvolvimento dos sentidos da magnetocepção, da intuição e da memória nos profissionais de saúde em geral permitem uma nova concepção de processo saúde-doença e uma nova prática compreensiva do Processo Saúde-Doença-Cuidado em individualidades e coletividades humanas; de uma Educação em Saúde emerge uma Educação Centrada no Cuidado ligada ao conceito de Bioética proposto por Fritz Jahr, desde 1927, e atualizado por Van Rensselaer Potter, desde 1970.
Palavras chave: Semiótica do Cuidado, Enfermagem, Processo Saúde-Doença-Cuidado, Corpo da Magnetocepção, Corpo da Intuição, Corpo da Memória.
Referências:
-CUNHA, Gustavo Tenório. A Construção da Clínica Ampliada na Atenção Básica. São Paulo: Hucitec. 2005. Acesso em: 12 de nov. 2008.
-FERNANDES, Carlos Roberto. Violência moral na Enfermagem. Goiânia: AB. 2007; ps. 53-90
-FERNANDES, Carlos Roberto. Bases teóricas da Antropologia do Cuidado ou da história e historiografia da Arte de Cuidado no Brasil. Anais do 2o. Colóquio Latino-Americano de História da Enfermagem; 2005 Set 12-15; Rio de Janeiro, Brasil. Rio de Janeiro: ABEn – Seção RJ; 2005. [CD-ROM]
-HIRATA, Hugo Henrique. Efeito da estimulação magnética na imunorreatividade da proteína zenk em diferentes regiões do encéfalo de pombos (Columbia Livia) [tese de mestrado]. São Paulo, 2008.
-JAHR, Fritz. Bio-Ethik. Eine Umschau über die ethichen Beziehung dês Menschen zu Tier und Pflanze. Kosmos. 1927; 24(2): 21-32
-JUNG, Carl Gustav. Fundamentos de Psicologia Analítica. 3. ed. Petrópolis: Vozes. 1985
-POTTER, Van Rensselaer. Bioethics: the science of survival. Perspect Biol Med. 1970; 14:127-53
-SANTIAGO, Luís Carlos; SILVA, Ana Lúcia Alves Carvalho e; TONINI, Teresa. Semiologia: teorias e tecnologias do/no cuidado com o corpo. In: SANTOS, Iraci dos; FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; DUARTE, Maria Jalma Rodrigues Santana; SOBRAL, Vera Regina Salles; MARINHO, Antônio de Magalhães. Enfermagem Fundamental: realidade – questões – soluções. Série Atualização em Enfermagem. Volume 1. São Paulo: Atheneu. 2002
-SILVA, Alcione Leite da. Cuidado transdimensional: um paradigma emergente. Pelotas: Universitária-UFPel. 1997.
-TUON, Lisiane; PORTUGUEZ, Mirna; COSTA Jaderson Costa da.Memória de orientação espacial: avaliação em pacientes com doença de Alzheimer e com epilepsia mesial temporal refratária. Arq. Neuro-Psiquiatr. v.64; n.2b; São Paulo, 2006. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0001-37652004000200007&lng=pt >. Acesso em: 15 out 208.
Por muito tempo a Enfermagem limitou-se à concepção aristotélica dos cinco sentidos e ainda à abordagem da semiologia médica: os estudos sobre corpo na Enfermagem, iniciados nos anos de 1990, vêm promovendo não apenas uma revisão dos cinco sentidos do corpo e desligando-se da semiologia médica mas abrindo-se à pesquisa e à demonstração dos sentidos da intuição e da pele (além do tato). Esse desligamento, abertura e novas concepções de corpo exigem uma nova semiologia e uma nova semiotécnica de Enfermagem.
Partindo-se do conceito de Semiótica do Cuidado, o professor Carlos Roberto Fernandes instituiu para o desenvolvimento do microeixo Semiologia e Semiotécnica a realização de pré-projetos de pesquisa, escritos e apresentados por discentes do 5º. período de Enfermagem de uma IES, no segundo semestre do ano de 2008, pelos quais houve uma primeira revisão dos sentidos humanos para uma nova abordagem do corpo e cuja formalização institucional se deu no 1º. Seminário Multidisciplinar de Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem, promovido pelo Centro Universitário Norte do Espírito Santo da Universidade Federal do Espírito Santo, realizado de 1 a 5 de dezembro de 2008. Os alunos LEONARDO COSTA BARBOSA e LUCIANA BOZI FERREIRA, sob orientação docente, desenvolveram pesquisa intitulada A Interação entre magnetocepção, intuição e memóri no corpo bioenergético.
Método: Aprender Pesquisando ou MAP, criado pelo docente orientador e responsável pelo projeto; Técnica: pesquisa bibliográfica.
Resultados: Consideram-se sentidos interoceptores aqueles decorrentes das terminações nervosas localizadas nos órgãos viscerais; aos órgãos interoceptores são atribuídas as sensações mais ou menos vagas de origem interna. Numa nova abordagem do corpo para a Semiótica do Cuidado, as investigações sobre magnetocepção, intuição e memória reconhecem o pouco desenvolvimento do sentido da magnetocepção em humanos, apesar dos saberes e das práticas holísticas em torno do corpo bioenergético e seus chacras ou centros de força e dos fatos mediúnicos – particularmente das religiões Umbanda, Canbomblé e Espiritismo; o sentido da intuição, como sensopercepção não consciente ou não simbolizada pela consciência, é um desenvolvimento milenar da capacidade de ver e prever além dos limites convencionais de tempo e de espaço e está objetivada nos lobos frontais do cérebro humano; o sentido da memória, numa abordagem histórica e não estritamente psicológica, além de ter um componente supostamente voltado para a reprodução e o passado, é o sentido de produção de significados e de intencionalidades integradoras de experiências vividas (passadas e presentes) tanto na filo quanto na ontogenética, objetivadas no sistema nervoso e no córtex motor.
Conclusão: O desenvolvimento dos sentidos da magnetocepção, da intuição e da memória nos profissionais de saúde em geral permitem uma nova concepção de processo saúde-doença e uma nova prática compreensiva do Processo Saúde-Doença-Cuidado em individualidades e coletividades humanas; de uma Educação em Saúde emerge uma Educação Centrada no Cuidado ligada ao conceito de Bioética proposto por Fritz Jahr, desde 1927, e atualizado por Van Rensselaer Potter, desde 1970.
Palavras chave: Semiótica do Cuidado, Enfermagem, Processo Saúde-Doença-Cuidado, Corpo da Magnetocepção, Corpo da Intuição, Corpo da Memória.
Referências:
-CUNHA, Gustavo Tenório. A Construção da Clínica Ampliada na Atenção Básica. São Paulo: Hucitec. 2005. Acesso em: 12 de nov. 2008.
-FERNANDES, Carlos Roberto. Violência moral na Enfermagem. Goiânia: AB. 2007; ps. 53-90
-FERNANDES, Carlos Roberto. Bases teóricas da Antropologia do Cuidado ou da história e historiografia da Arte de Cuidado no Brasil. Anais do 2o. Colóquio Latino-Americano de História da Enfermagem; 2005 Set 12-15; Rio de Janeiro, Brasil. Rio de Janeiro: ABEn – Seção RJ; 2005. [CD-ROM]
-HIRATA, Hugo Henrique. Efeito da estimulação magnética na imunorreatividade da proteína zenk em diferentes regiões do encéfalo de pombos (Columbia Livia) [tese de mestrado]. São Paulo, 2008.
-JAHR, Fritz. Bio-Ethik. Eine Umschau über die ethichen Beziehung dês Menschen zu Tier und Pflanze. Kosmos. 1927; 24(2): 21-32
-JUNG, Carl Gustav. Fundamentos de Psicologia Analítica. 3. ed. Petrópolis: Vozes. 1985
-POTTER, Van Rensselaer. Bioethics: the science of survival. Perspect Biol Med. 1970; 14:127-53
-SANTIAGO, Luís Carlos; SILVA, Ana Lúcia Alves Carvalho e; TONINI, Teresa. Semiologia: teorias e tecnologias do/no cuidado com o corpo. In: SANTOS, Iraci dos; FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; DUARTE, Maria Jalma Rodrigues Santana; SOBRAL, Vera Regina Salles; MARINHO, Antônio de Magalhães. Enfermagem Fundamental: realidade – questões – soluções. Série Atualização em Enfermagem. Volume 1. São Paulo: Atheneu. 2002
-SILVA, Alcione Leite da. Cuidado transdimensional: um paradigma emergente. Pelotas: Universitária-UFPel. 1997.
-TUON, Lisiane; PORTUGUEZ, Mirna; COSTA Jaderson Costa da.Memória de orientação espacial: avaliação em pacientes com doença de Alzheimer e com epilepsia mesial temporal refratária. Arq. Neuro-Psiquiatr. v.64; n.2b; São Paulo, 2006. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0001-37652004000200007&lng=pt >. Acesso em: 15 out 208.
Carlos Fernandes
Enviado por Carlos Fernandes em 21/02/2009
Alterado em 12/03/2017
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