GERALDINA PEREIRA FERNANDES (*23.Junho.1913; +23.Julho.2002)
Textos

                                        GERALDINA PEREIRA FERNANDES,   
                                     
Dores de Santa Juliana.

Perpétuos clamores,  louvores

a Nossa Senhora das Dores.

 

As mesmas dores lembradas de minha mãe:

nascida das dores

...
 nas Dores de Santa Juliana.

 

Era 1913: gemeu Maria Bárbara.

Nasce chorando

Geraldina Pereira Fernandes.


Nasce a mãe Geraldina

no mês de São João:

confluências de coração!

 

Vida de dores, de louvores,

de incansáveis buscas e pendores.

 

Minha mãe, Geraldina!

Nela,  expressão sem princípio sem fim

De outra mãe: 
Maria.

 

Quantas Marias!

Quantas Bárbaras!

Quantas pedras transformadas em abrigo!

Não há na Terra andores para tantas dores.

 

Primeiro esposo: Falstaff Vitali.

Jovem tocador, feitor de instrumentos, de móveis.

Música, noite e festejo.

 

E minha mãe se encanta: nascem Jeanette e Maria de Lourdes.

Eis a outra Maria da família: tão cheia de clamores, de louvores

E as dores em procissão acompanham as Marias do mundo.

 

Enviuva-se a mãe.

Morre jovem o jovem Falstaff.

 

Segundo esposo: Manoel Fernandes de Souza.

Nasce o negrinho, Manoel Carlos Fernandes. 1941.

O ofício do casamento chega mais tarde: 10 de março de 1964.

 

24 de maio de 1930: casou-se Falstaff e Geraldina.

24 de maio de 1962: nasceu Carlos, o Roberto, o Fernandes.

 

E a mãe tão presente, tão matriarca.

Filhos, netos, bisnetos, tataranetos... Quanta gente volteando a mãe.

                                                        

 Foi o São João Batista. 2002.

Ele guardou o corpo morto da mãe

Eterna na alma do filho

segundo o Espírito Santo: expressão da graça de Maria - a Santíssima.


Santa Maria,

Nossa Senhora das Dores,

São João,

São João Batista!

Protejam o pai,

Protejam o filho,

Protejam a mãe. 

Carlos Fernandes
Enviado por Carlos Fernandes em 22/05/2011
Alterado em 21/06/2011
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