Textos
Aos 27 de julho de 2015.
Do teu ventre de mulher guerreira
nasceram filhos, nasceram lágrimas;
nas mãos, teus anéis breves, sem lástimas,
eram a saga trabalhadeira.
quantos dias e noites sem sonho
dourado. Tão só a desilusão
marcava-lhe o sono breve, vão...
De tão pequeno, quase enfadonho.
Morre a mulher, findam vis tormentos.
As mãos fortes, enrugadas, hirtas,
trespassam as outras mãos aflitas.
Tocam sinos, soluçam os ventos...
Cobrem-se em luto os vermes coristas
perante um corpo mudo e sem mais vistas.
Carlos Fernandes
Enviado por Carlos Fernandes em 27/07/2015
Alterado em 28/07/2015
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